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sábado, 5 de novembro de 2011

MANUAL DE VIAGEM



MANUAL DE VIAGEM




COMPETÊNCIAS
Capitão da estrada
Aquele com mais experiência de viagens no momento, conhecedor das técnicas e dos caminhos/estradas a seguir, trabalha constantemente com a visão dos retrovisores, sempre que possível estará contando se todos os integrantes estão na estrada. Ele deverá escolher seu auxiliar, o Ajudante de Capitão, para ajudar a verificar se todos estão bem. Na dúvida ele deverá parar e verificar pessoalmente. Deverá observar as melhores possibilidades de ultrapassagem e colocação do grupo na estrada, a faixa de estrada em que ele estiver todos deverão segui-lo. Ele, auxiliado pelo ferrolho ( que também deve ser escolhido pelo capitão), determinará com segurança para todos, a velocidade que o grupo vai viajar.

Auxiliar do Capitão

Segunda moto da formação (lado direito da faixa de rolamento), esse irmão (a) ao ser solicitado pelo Capitão deverá auxiliá-lo em diversas situações como:
A) Verificação geral do trem de viagem
B) Em caso de mudança de faixa de rolamento onde houver trânsito, sair da formação em direção à faixa escolhida pelo Capitão, com a intenção de segurar o fluxo de veículos, possibilitando a abertura de espaço para que as demais motos do grupo possam fazer a mudança de faixa com segurança e sem segmentar a formação do trem.
C) Substituir o Capitão a seu pedido.


Ajudante do Ferrolho

Ele será escolhido pelo Ferrolho, e trabalhará constantemente com ele, ou seja, revezando em posições quando necessário, avisando o Capitão de estrada na ocorrência de algum problema e ficando na estrada para auxiliar aquele que parou sem qualquer aviso, enquanto o Ferrolho toma as devidas providências.

Ferrolho
Esse cargo é muito complexo e complicado. Exige um motociclista experiente que esteja em sintonia com o Capitão da Estrada e que tenha uma moto potente para arrancadas bruscas e ágil bastante para andar em meio ao trânsito quando for necessário ir ao Capitão. O Ferrolho tem que ter percepção dos momentos críticos, saber o momento certo para abrir ( a esquerda) e dar passagem para um veículo em maior velocidade, também o momento para se bloquear uma estrada para a ultrapassagem segura do trem, buscar e segurar algum motorista que se colocou no meio do grupo, ou seja, para cada viagem irá encontrar uma dificuldade e deverá ter a solução para proteger o grupo.

Triciclo ou Carro de Apoio
Estes veículos, devido ao tamanho, não tem condições de acompanhar as motos. Quando existirem, podem seguir o trem, mas na última posição, depois do Ferrolho. Eles tem a liberdade de programar seu próprio plano de viagem, como abastecimentos e pontos de encontro com o grupo.

VIAJANDO EM GRUPO

As motos vão chegando e o som de dezenas de motores cria um clima de expectativa e emoção que domina o cenário. As atenções se voltam para o grupo, magia de se repete a cada parada ou partida. Mas isso só acontece quando o grupo é organizado, coordenando sem tumultos a grande quantidade de motos.
Parece difícil, mas rodar em grupo com dez, vinte e até trinta motos se torna tarefa simples e divertida, desde que todos conheçam a linguagem de sinais. Com pequenas variações, a linguagem é usada por motociclistas civis, e militares em todo o mundo.
Primeiramente, é preciso estar disposto a se adaptar às hierarquias e regras de comunicação e sinalização padronizada por este Moto Clube. Para quem é rebelde ou não suporta regras, recomendamos viajar sozinho. A padronização aumenta a segurança e a agilidade do grupo, que deixa de ser bando e vira uma unidade na estrada


Capítulo I – O Trem de Viagem
Trem de Viagem
O Trem de Viagem é composto primeiramente pelo Capitão de Estrada e seu auxiliar, que sempre será a segunda moto da formação e na normalidade estará do lado direito da faixa de rolamento. Serão seguidos pelos demais integrantes do Trem na formação passos na areia ( fila indiana intercalada).

Fechando esse Trem, estão o auxiliar de Ferrolho e por último o Ferrolho.
OBS: O Capitão de Estrada e o Ferrolho não têm a obrigatoriedade de estar na formação clássica, pois precisam ter plena visão do grupo e também entre eles.
A formação segue a seqüência de hierarquia Capitão, auxiliar de Capitão, coletes fechados, prósperos, convidados, ajudante de Ferrolho e Ferrolho.
A responsabilidade de cada motociclista em manter essa unidade é grande. O menor descuido ou desencontro pode terminar em confusão, acidentes e acabar com a viagem. Para que isso não aconteça, a primeira regra é: ninguém ultrapassa ninguém e uma vez estabelecida uma colocação ordenado no grupo, ela deverá ser mantida.

Visitantes
Todo integrante tem o direito de convidar um amigo para viajar junto com o grupo. Mas fica definido que este visitante é de sua total responsabilidade, e deve viajar junto com ele no final do trem, depois do Ferrolho. Paradas inesperadas, defeitos na moto ou inabilidades do visitantes devem ser acompanhadas somente pelo integrante que fez o convite.
Durante o desenrolar da viagem, o Ferrolho pode convidado a fazer parte do Trem. Nesta condição, ele deve viajar logo à frente do Ferrolho, imediatamente atrás do integrante que o convidou. Cabe também ao integrante, explicar todas as regras de viagem em grupo ao visitante, para tornar mais fácil sua integração ao grupo.
Outros moto clubes: Integrantes de outros moto clubes devem viajar sempre fora do trem.


Capítulo II- O Trem de Viagem em Movimento
O grupo deverá, antes de sair, escolher o Capitão de Estrada, seu auxiliar, o Ferrolho e seu ajudante, combinar o caminho, paradas para abastecimento e etc...
Para viajar em grupo a melhor opção de formação na estrada é a clássica passos de areia, ou seja, quando a moto da frente estiver do lado direito, você automaticamente deverá ficar do lado esquerdo a uma distância segura, que irá variar de acordo com a velocidade do Trem. Tenha como base a 2º moto do Trem( auxiliar do Capitão) este na normalidade estará sempre do lado direito. Depois de iniciada a viagem e determinada a sua posição, sempre que possível, permaneça nela, evitando assim o zig-zag, mudança de lado da faixa de rolamento, para os demais seguidores do Trem.

Na viagem em grupo, mantenha distância segura da moto da frente, essa distância deve variar conforme a velocidade do Trem. A melhor forma de se calcular essa distância é quando a moto da frente passa sobre um ponto determinado por você , a sua moto deverá passar pelo mesmo ponto após a contagem dos números “32, 33”. Desta forma o grupo manterá uma distância uniforme o que também facilita a visualização do Capitão, pelo retrovisor.
Obs: No caso da restrada não propiciar a formação passo na areia, devido às más condições do asfalto, o Trem deverá reduzir a velocidade e passar para a formação fila indiana, com distância entre as motos aumentada para a contagem “31,32,33” voltando à formação inicial logo após a passagem do trecho ruim.
Nas ultrapassagens, o Capitão vai determinar qual a melhor hora para faze-la. Caso o movimento da estrada for intenso e o mesmo não ter a visão perfeita da posição do Ferrolho, este permanecerá na faixa e todos seguirão da mesma forma. Quando o Capitão sair para ultrapassar, não significa que todos devem faze-la naquele mesmo momento. Ultrapasse com segurança, observe o Trem e aí faça sua ultrapassagem. Em caso de segmentação do grupo, assim que possível reúna-se novamente.
Em viagem, se você não é um dos Capitães e nem os Ferrolhos, você deverá observar se a moto que vai imediatamente à sua frente não está conseguindo acompanhar com freqüência o ritmo imposto, com isso propiciando um espaço vazio segmentando o Trem. Neste caso, você poderá ultrapassa-lo deixando-o aos cuidados do Ferrolho, que saberá como conduzir a situação.


Capítulo III- Estacionamento Ordenado
A melhor maneira para estacionar todas as motocicletas, é o modelo militar.
A primeira motocicleta, que será o líder, identifica o local do estacionamento e inicia a manobra e os demais seguem a mesma, de forma que cada motocicleta fique lado a lado e tenha uma distância de segurança igual a de uma motocicleta, como se fosse um intervalo. Porque esta distância? Para que em caso de queda, de uma destas motos, não aconteça o efeito dominó.

Para um visual de organização do grupo, todas devem seguir o padrão da primeira moto ( líder), com a mesma reclinação do guidom. Lembre-se de que nem todas as motos travam o guidom para os dois lados, nesse caso, deixe tais motos no fim do grupo. Devem seguir também a colocação do capacete idênticos ao líder. Sobre o retrovisor ou sobre o bagageiro... o importante é estarem todas uniformemente organizadas. O impacto visual da organização impressiona muito aos demais, além do bom controle se segurança dos bens, já que é fácil visualizar o que estiver faltando.
O grupo viaja em fila dupla alternada, adotando a fila indiana para manobras deparada, entroncamentos e infiltrações.
As chegadas e saídas dos estacionamentos seguem a ordem preestabelecida, de forma que as motos ocupem o espaço de forma ordenada e sempre ao lado esquerdo do Capitão. A manobra se inverte na saída, com os pilotos deixando o local em fila única, assumindo na estrada a fila dupla e o Ferrolho informando o Capitão que pode prosseguir viagem. Tudo prático, seguro e bonito de ver.
OBS: Quando o local não obter espaço para estacionamento em formação, o capitão irá levantar seu braço esquerdo e fazer um gesto circular, assim informando que cada integrante deve estacionar com segurança em local de sua estima.

Capítulo IV- A Segurança do Trem
Todos os integrantes de um Trem de viagem devem se preocupar com a segurança, isto vai desde o momento que você se dispões a realizar a viagem até o momento que guarda a moto na garagem, feliz da vida por mais uma viagem tranqüila, segura e agradável.
Essa segurança é composta pelas condições gerais de sua moto ( mecânica, elétrica, pneus e documentação) pelas suas vestimentas ( capacete, viseira, jaqueta, luvas e botas) pelas suas bagagens devidamente acondicionadas e afixadas à moto e pelo principal: VOCÊ , suas condições de saúde. Você deve estar disposto e em pleno gozo de suas faculdades físicas e mentais para fazer uma viagem com segurança.


Capítulo V- Comunicação no Trem

Quando o Trem está em movimento, é praticamente impossível a comunicação através da fala entre os integrantes. A forma de comunicação deve ser feita por sinais, use sempre sinais para indicar alguma coisa quando em movimento, não adianta ficar do lado do companheiro gritando, pois ele não vai entender nada.
Os sinais devem ser de conhecimento de todos os integrantes de um Trem, pois de nada valerá se não for organizado e combinado. Então vejamos:


Diminuir a velocidade

Braço esquerdo estendido,balançando para cima e para baixo, palma da mão voltada para o chão.

O braço erguido e com a seta ligada
Indica que o grupo vai tomar outra direção, ou virar para o lado em que a seta está ligada. Não fique constantemente com o braço erguido, esse sinal é apenas um alerta e você deverá abaixar o braço assim que seu seguidor te veja e estiver levantando o dele.


Braço erguido constantemente sem a seta estar ligada
Significa que na estrada tem algum problema. Levante seu braço também e fique atento, diminua a velocidade,prevendo uma possível parada no meio da estrada. Se parar no meio da estrada for necessário nunca o faça de noite e saia sempre para o acostamento.

Braço erguido com o dedo indicador para cima
Significa que há radares na via e deve se observar a velocidade da mesma, evitando assim a chegada de desagradáveis correspondências em casa.

Braço esquerdo estendido com os dedos para baixo abrindo e fechando
Significa que a luz de pisca foi esquecida ligada.

Braço esquerdo estendido com os dedos em movimento para cima
Significa que o farol está desligado ( apagado).

Sinal fechado no meio do Trem
Muitas vezes, quando atravessamos uma cidade e o Trem é muito grande, sempre uma parte dele fica preso em algum semáforo no caminho, e o capitão, por estar muito longe, não percebe. Para evitar que algumas pessoas se percam por não conhecerem o trajeto, assim que passar pelo semáforo que está prestes a fechar, e notar que a moto que está atrás não conseguiu passar, imediatamente o integrante deve buzinar, avisando ao da frente, e assim sucessivamente até que o Capitão tenha conhecimento da situação, parando assim o grupo, para que os que ficaram para trás possam alcança-los.
Problemas com combustível
Aproxime-se do Capitão e faça o sinal característico com o seu indicador direcionado para o tanque de gasolina e em seguida um sinal de negativo com o polegar, se o Capitão estiver muito longe de você ou sua máquina não for suficiente para alcança-lo, vá até o ajudante do Ferrolho, ou ao próprio Ferrolho e faça o mesmo sinal. Um deles vai ter que se comunicar com o Capitão da mesma forma.
OBS: esse tipo de problema não deve acontecer com freqüência, uma vez que as paradas para reabastecimento são programadas. Em tempo, todos devem comparecer ao local marcado para início da viagem com o tanque cheio, e no horário estipulado. Quando ocorrerem as paradas para reabastecimento durante a viagem, todos devem abastecer, independentemente da autonomia da moto.
Você está passando mal
Da mesma forma acima, só que sinalize com o indicador para o seu peito, e depois o sinal de negativo.
Problemas com sua moto
Da mesma forma acima, só que com uma mão espalmada em cima do tanque em seguida o sinal de negativo com o polegar.

Parada para urinar
Se não for possível esperar a próxima parada programada, sinalize com o indicador para sua barriga e em seguida indicador e polegar aberto ( em forma de revólver) indicando para o chão. Esse sinal deverá ser passado para o ajudante do Ferrolho e ao Ferrolho, logo após, se possível, pare com segurança. Os avisados tomarão as seguintes providências: o Ferrolho vai avisar o Capitão com o mesmo sinal que por conseqüente diminuirá a velocidade do grupo. O ajudante passa a ser o Ferrolho e quando a moto que parou retornar ao grupo, este vai até o Capitão, faz o mesmo sinal e complementa com o sinal positivo, na qual retornarão a velocidade que era conduzido o grupo.

Braço esquerdo estendido apontando o indicador para o chão
Significa que há algum objeto ou buraco na pista. Se você não estiver vendo o que é, passe na mesma faixa que a moto da frente passou, repasse o sinal para que os outros fiquem atentos.

Fila única
Braço flexionado acima da cabeça, mão espalmada simulando uma barbatana de tubarão.
DICAS DO DIA A DIA
1-Ande sempre equipado
Você já leu sobre isso várias vezes, mas já parou para pensar no que isso significa? Andar equipado é mais do que usar corretamente o capacete. São ter proteção para os olhos, mãos, pés, tornozelos, joelhos e cotovelos. Na estrada e na cidade, pois a maioria dos acidentes acontece em áreas urbanas. Lembre-se que clima quente não justifica negligências com a segurança. Para enfrentar o calor, procure escolher equipamentos mais arejados.

2- Farol aceso o tempo todo, seja dia ou noite

Lembre-se que a 40 metros de distância, uma motocicleta pede sumir do campo visual do motorista. Por isso, muitas vezes você está fora do foco dos motoristas. O farol aceso ajuda a torna-lo mais visível. Roupas e capacete de cores claras também ajudam.

3- Concentração é fundamental
A moto é mais rápida e menos visível que os demais veículos. Só isso bastaria para exigir muita concentração. Mas tem outra questão, ela combina pouca segurança passiva, e boa segurança ativa. Trocando em miúdos, em geral a moto tem mais facilidade que um carro para livrar-se de situações difíceis ( segurança ativa). Mas se o acidente acontecer, o piloto estará menos protegido ( segurança passiva).
Para que possa usufruir da segurança ativa, o piloto tem de estar atento o tempo todo. Só assim ele pode usar todos os recursos que a moto possui para evitar acidentes. Até aquele antigo ensinamento que diz, “na dúvida, acelere”, só vale se você estiver atento! Por isso, tudo que atrapalha a concentração constitui perigo para o motociclista, principalmente a pressa, o nervosismo, o cansaço e o álcool.

4- Pilote de forma defensiva
A atitude defensiva no trânsito significa dirigir por você e pelos outros, antecipar-se em relação aos erros dos outros e demais riscos. Pense que, uma vez envolvido em um acidente, pouco adianta provar que a culpa dói de outra pessoa. Aí o piloto já estará dentro do gesso ( na melhor das hipóteses). Então, aprenda a antever as imprudências e erros dos outros.

5- Conheça as ameaças mais comuns

Quando você anda de moto está sujeito a situações de risco típico desse veículo. É preciso conhecê-los para saber evita-los. Um dos principais são as freqüentes fechadas que sofremos no trânsito. Muitas vezes os motoristas não tem intenção de fazer isso, eles apenas não percebem a moto por perto. A atitude mais segura é ter sempre pressuposto de que o motorista não está vendo sua moto. Mantenha distância de manobra.
Não se esqueça de outros pequenos imprevistos que, para um motociclista, são uma ameaça. Um pedestre distraído, um cão atrapalhando , um pássaro em rota de colisão com a viseira ou fios/cordas atravessando seu caminho, podem provocar um acidente. Muito cuidado principalmente com as linhas de pipa, quase sempre com cerol, podem cortar o pescoço facilmente causando uma tragédia. Para evita-las, existem antenas de aço que servem para proteger o piloto, barrando e cortando a linha mesmo que o piloto não a veja. Vale lembrar que observar tudo à sua volta é muito importante, ao passar por vilas, sítios, áreas urbanas, observar se há crianças à beira da pista, elas podem estar soltando pipas, ou então atravessar a pista correndo atrás de uma.

6- Desenvolva o auto controle
Acelerar uma moto pode ser tão excitante a ponto de o prazer embotar a noção de prudência. Por isso, sem autocontrole você pode ser vítima de si mesmo. Adrenalina é legal, mas na hora e no lugar certos. De preferência, num circuito próprio para altas velocidades.
7- Identifique as armadilhas no solo
Em cima de duas rodas não tem jeito. Piso molhado, areia solta, buracos, costela de vaca, e óleo na pista. Esses obstáculos podem estar onde você menos espera. Lembre-se que, na curva, o alcance da visão é pequeno. Também nas curvas e rotatórias que ônibus e caminhões com o tanque cheios derramam diesel. Produtos escorregadios também podem soltar-se da carga, como grãos, leite e frutas, que, no chão, significam piso escorregadio.

8- Viajar à noite, não.
Pode ser que um dia tenhamos condições propícias para viagens noturnas. Por enquanto, não temos. Para começar, a maioria das motos não tem iluminação eficiente, embora os fabricantes já comecem a corrigir esse problema em alguns modelos. Além disso, viseira de capacete, não tem limpador. Imagine-se à noite, sob chuva, com a luz dos faróis refletida na viseira molhada. A lama que os caminhões jogam na viseira também atrapalha a visão. Mas o pior de tudo é que a maior parte das rodovias brasileiras é precária e mal sinalizada, não permitindo uma viagem segura durante a noite.

9- Enfrentando a chuva

Sinalização : sob chuva, neblina ou spray formado pela passagem dos carros, mantenha luz baixa e sinalize bem as manobras de ultrapassagem e conversão. Lembre-se de que para os outros motoristas a visibilidade da moto diminui sob chuva. Procure avaliar as variações dessa aderência: asfalto rugoso ( melhor) e asfalto liso ( mais cuidado).
Distância segura: sob chuva, aumente a distância entre a moto da frente e a sua, de modo a ter mais espaço para reagir à manobras bruscas ou inesperadas dos motoristas. Eles podem ter menos visibilidade que você.
Faixas pintadas no solo: as faixas pintadas no solo para referência não devem ser perdidas de vista. Evite frear sobre elas, pois são escorregadias, e oferecem baixa aderências aos pneus. Na impossibilidade de evitar , use os freios progressivamente, evitando acelerar ou frear bruscamente sobre elas.

10- Olhe para frente
De tão óbvia, tal recomendação seria cômica se não fosse trágico. Muita gente se distrai olhando para um outdoor identificar uma moto que passa ao lado, observar um tumulto na esquina, “filmar” uma gatinha, admirar a paisagem, ou conversar com o garupa. Uma quantidade considerável de acidentes acontece naquele exato momento em que o piloto detém os olhos no retrovisor ou em algum ponto que não seja à sua frente.

11-Assaltos, um perigo a mais
Os assaltantes estão de olho em nossas motos, sejam elas grandes ou pequenas. Infelizmente, reagir não é aconselhável, acelerar para escapar, também é um risco a mais. Para evitar tais riscos, evite lugares perigosos, principalmente à noite, e também outras motos que se aproximem, geralmente com garupa. Vale a pena instalar dispositivos anti-furto, como bloqueadores de ignição à distância.
PENSAMENTO POSITIVO
Depois de ler essas dicas , você poderá dizer, “se eu sair por aí só pensando em quedas e acidentes, vou acabar caindo mesmo”.
De fato. Se você se concentrar no tombo, tem boa chance de cair.Aliás, acontece algo parecido sempre que o piloto quer se desviar de um buraco mas, em vez de olhar para o desvio, fixa os olhos no obstáculo. Vai passar sobre o buraco com certeza.
O segredo é simples, mentalize as reações corretas, pense sempre na conduta segura e não naquilo, que você pode fazer de errado.

“Suba na sua moto... e curta a vida”.